A Catequese, conforme as circunstâncias, há desenvolver toda a riqueza dos Mistérios de Jesus. Aqui é suficiente indicar alguns elementos comuns a todos os mistérios da vida de Cristo (I), para em seguida esboçar os principais mistérios da vida oculta (II) e pública (III) de Jesus. (CIC§513)
Para estudarmos os mistérios da vida de Cristo, o Catecismo da Igreja Católica dividiu esse estudo em três partes. Como vimos acima. Isso porque vamos estudar uma pessoa fora do comum, do normal. Para você ver como é complexo, veja quanto tempo gastamos para estudar o fato da concepção de Cristo.
A vida de Jesus Cristo por si só é cerdada de mistérios por isso nosso estudo não será um estudo especulativo. Vamos tentar chegar mais a fundo. Cada ponto da vida de Nosso Senhor, cada aspecto é cheio de riquezas. Porém se olharmos a vida de Cristo como um todo, perceberemos aspectos que fazem parte tanto da Vida Oculta de Jesus como da Vida Pública de Jesus. A primeira coisa que precisamos perceber é que em todos os momentos da Vida de Jesus, podemos ver a clara intenção de testemunhar a respeito do Deus Verdadeiro seu Pai. Por outro lado, vemos que o Pai também testemunha que Jesus Cristo é o Seu Filho muito amado.
Muitas coisas que interessam à curiosidade humana acerca de Jesus não figuram nos Evangelhos. Quase nada é dito sobre sua vida em Nazaré, e mesmo uma grande parte de sua vida pública não é relatada. O que foi escrito nos Evangelhos foi “para crerdes que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome” (Jo 20, 31). (CIC§514)
Sabemos que a nossa curiosidade a respeito da vida de Cristo não tem limites. Às vezes condenamos os evangelistas pela falta de detalhes no evangelho a cerca da vida de Jesus. Mas o objetivo dos evangelhos não é falar da vida de Jesus como uma revista de fofocas, ou um folhetim trivial. Os evangelistas eram homens simples que se preocupavam em passar para as pessoas a essência daquilo que eles viviam. Eles não estavam preocupados com o Jesus comia, ou como ele vivia sua rotina diária. Sua preocupação era fazer com que as pessoas acreditassem que Jesus Cristo era o Verdadeiro Filho de Deus.
Os Evangelhos foram escritos por homens que estiveram entre os primeiros a ter a fé [a2] e que queriam compartilhá-la com outros. Depois de terem conhecido na fé quem é Jesus, puderam ver e fazer ver os traços de seu mistério em toda a sua vida terrestre. (CIC§515)
Aquele que lê os Evangelhos, não pode fazê-lo como quem lê um romance qualquer. Deve fazê-lo com um olhar de fé. Deve procurar naquelas páginas a resposta a essa pergunta: Jesus é de fato o Filho de Deus? Digo isso, porque conheço muita gente que por falta de informação faz a leitura da palavra como quem lê uma revista, ou um livro qualquer. Quem faz assim não chega a lugar algum. Para que tanta curiosidade a respeito de coisas tão triviais…
Lembro-me de um amigo que dizia: Para termos as respostas certas, precisamos aprender primeiro a fazer as perguntas certas…
Fonte: Dominus Vobiscum
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