ARTIGOS, ESTUDOS, PREGAÇÕES E OUTROS TEXTOS

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Grupo de Oração Chama de Amor

sábado, 9 de maio de 2009

A Igreja Católica e os Patriarcados

E já que estamos falando da raiz da Igreja, sinto que agora preciso falar para você das diferenças entre a Igreja Católica Apostólica Romana e as Igrejas Ortodoxas. É importante falar sobre isso agora, porque o Cisma entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente é a grande ferida entre os Católicos. Eu tive uma experiência marcante com a Igreja Ortodoxa e hoje sou mais um dos tantos católicos que reza pela plena comunhão entre essas duas Igrejas. Graças a Deus não sou o único.

A Igreja de Cristo recebe seu oxigênio de dois pulmões: oriental e ocidental. Duas tradições, dois modos complementares de viver o único evangelho.
(Papa João Paulo II – Séc XX)

Embora haja divergências entre católicos e ortodoxos, é preciso que se diga que ambas possuem a mesma raiz. Ambas são católicas. Ambas tem a Eucarista. Ambas tem sacramentos. Ambas veneram a Santíssima Mãe de Deus, Maria Santíssima. E os ortodoxos até antes de 1054, eram católicos, como eu e como você.

Nesse tempo, a Igreja era dividida em Patriarcados. Isso porque os Apóstolos sairam evangelizando outras terras. Do mesmo jeito que São Pedro e São Paulo foram para Roma, outros apóstolos foram para outros lugares: Grécia, Constantinopla, Antioquia, além de Jerusalém. Nesses lugares, do mesmo jeito que São Pedro deixou sucessores, os demais apóstolos também deixaram seus sucessores. Com o tempo, foram estabelecidos os grandes patricarcados. Nesse período, o Patriarcado Romano tinha, como era de ser, a primazia sobre os demais Patriarcados. Mas dai um dia tudo isso mudou.

A história do Cisma começou quando Miguel Cerulário se tornou patriarca de Constantinopla, no ano de 1043. Ele deu início a uma campanha contra as Igrejas latinas na cidade de Constantinopla. Essa foi uma atitude não muito feliz da parte deste Patriarca. Além disso, Cerulário começou a se envolver em uma discussão teologica sobre o Espírito Santo (Ele afirmava que o Espírito Santo procedia apenas do Pai, enquanto os teólogos latinos afirmavam que o Espírito Santo procedia do Pai e do Filho).

Para resolver essa questão, Roma enviou o Cardeal Humberto a Constantinopla em 1054 para tentar resolver este problema. No entanto, o diálogo foi ineficaz. O Cardeal Humberto no fervor da discussão, acabou excomungando o patriarca Cerulário. Esse ato foi entendido como um ato de excomunhão para toda a Igreja Bizantina.

Por isso as Igrejas Orientais da época (que eram os demais patriarcados), convocaram um sínodo, e nesse sínodo, a Igreja Bizantina acabou excomungando o Papa Leão IX. Ou seja, houve ai, uma excomunhão pelas duas partes.

Houveram várias tentativas de reunificação. Nos Concílios Ecumênicos de Lyon (1274) e Florença (1439) foi tentada uma reconciliação, mas as reuniões mostraram-se efêmeras. As mútuas excomunhões só foram “levantadas” em Dezembro de 1965, pelo Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras I, por forma a aproximar as duas Igrejas, afastadas havia séculos.

Abraço histórico entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras I

Aliás, essa história de Atenágoras e Paulo VI, merecia um filme, um livro e todas as homenagens que se pudessem prestar a dois homens. Uma história de perdão, amizade, respeito e amor a Igreja de Cristo. As excomunhões, entretanto, foram retiradas pelas duas Igrejas em 1966. Somente recentemente o diálogo entre elas foi efetivamente retomado, a fim de sanar o cisma.

Cadú - Comunidade Canção Nova

Fonte: Dominus Vobiscum (Blog Canção Nova)

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